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Mostrando postagens de julho, 2022

Querida Teimosia

Oh santa teimosia que cria simetria que respira vida e a devolve híbrida Quem dita quem rima é a teimosia que exala autoestima e entrega fantasia Oh querida teimosia que suporta existir que sempre fazia que juntos teimamos a rir Linda teimosia deixe-me dormir contigo Acordo com primazia e dançamos ao som do castigo

No Mundo Em Que Eu Vivo

No mundo em que eu vivo Eu e meu cavalo somos indestrutíveis. Passando por terras, palácios e céus. Dimensões e longitudes, em estradas balançantes de tartarugas que nos guiavam por morros e barrancos Gramas e estradas de espuma Morros e mais morros acima. Nesse ponto da aventura admiro meu cavalo Ele se exibe e exala confiança, as vezes queria que trocássemos de papel. A inclinação traz minha mente de volta. Subo no meu cavalo e sofremos para alcançar. O vento é forte, as tempestades difíceis de lidar. Gigantes peixes invasores ora aparecem, ora desaparecem Tática de distração Desço o morro que acabo de subir, mais ventos e tornados quase me fazem desistir e logo chego no meu maior desafio. Falarei sobre ele mais adiante. Sem contar os desertos e nevascas, oscilantes temperaturas me enlouqueceram. Sinto que não melhorei até hoje. Sem deixar de mencionar os montes de terra, que me aterravam com fortes ventos. Retorno ao meu maior desafio, que se encontra na minha frente: A cidade. Luga...

Vento Que Abraça

A natureza em que vivo Ela vive, constitui  Ela forma nosso chão Ela pulsa, cria os sujeitos Essa terra recebeu escravos Abrigou os desfavorecidos Pedra por pedra se fez casa Essa natureza imensa Me abraça no vento que bate Me bate no abraço do vento Me vento no bate que abraça A terra é totalidade São grãos que cobrem o planeta A terra me protege e nada cobra por sua generosidade

Cotidiano Extravagante

Nunca escrevi para ninguém mas sempre tive vontade Minha galeria é uma nuvem me leva até o nada O nada tem algo diferente é nele que nos encontramos não onde está a nossa mente enganadora pois persevera até você bater na lona A menina dos olhos negros Seus cabelos tímidos na copa mas soltos nas raízes trançando meus pensamentos Meu deserto seco onde foi construído meu espelho Aquele o qual não posso obter Enquanto o tempo não passa, não vou me sentir assim de novo Vou esperar até amanhã quando pegarmos o mesmo ônibus.

A Falta Que Tudo Faz

A falta que me faz ser faltante Águas que correntezas movem Falta de ser, falta de ler Falta de estar e fazer ficar Ela mostra, ela aponta Ela questiona e não desaponta pois sempre é comigo As vezes me define Como coração que palpita ela esquenta, ela aquece O dentro e fora da vida Mas sempre está a ser A falta é boa, é alegre mas nem sempre alegra Não se deixa ficar Ela vai e vem quando quer Porque torna livre o seu amanhecer

Reator Vital

Me sento aos pés da natureza no alto da minha pequenez Após um instante Me vejo frente a frente com o gigante de fogo Em um momento me vejo abraçando o gigante e não desintegro Mas sou ainda mais vivo Sincronizados nos amamos Motor da existência Me diz como é ser o sol Transcendência molecular compartilhada Ele sorri e me acolhe Em um novo instante Volto para os pés da natureza observando a paisagem me emociono E compreendo, enfim, essa sincronia Sou pequeno demais com esse universo.

O Homem Novo de Bicicleta

Tudo como o habitual trânsito, pôr do sol, fim do dia Tudo como o habitual o mesmo caminho, mesmas luzes e pensamentos mas hoje observo O Homem Novo de Bicicleta ele anda e anda desaparece em meio aos carros e segue seu caminho Nunca o vi antes mas sinto um ímpeto, um anseio de dizer que ele me parece que está diferente Isso soa estranho afinal nunca o vi como posso afirmar isso? mas o que sinto é que ele mudou Ele passou muito rápido talvez ele esteja mudando de lugar constantemente mudando seu lugar mas a cada cena que passa, percebo que ele há de mudar até achar seu lugar