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Mostrando postagens de agosto, 2021

Carta de Suicídio

Não posso mais suportar o peso do nada. O começo foi o fim e o fim foi o meio, meio do dramático diálogo entre a linha tênue divisora do limite e do suportável. Permito-me dançar a dança de mais uma morte, em seus braços entrego-me para uma história de dormir. A infância oculta e contente, a luta defronte catedrais. O povo eufórico esperando a entrega do elemento vital A maldade brota por geração espontânea  ronda pela cidade de ossos, isso não é mais pra mim. A materialidade cansa e deturpa vi isso por cinco respiros em uma caixa na imensidão. Esses respiros me sufocam. Do agora sente para cessar a sensação Do agora vê para o adeus eterno Do agora palpável para a latência obscura O amor teria me amarrado os pés na cama, mas não senti nada e nem mais desejo nem se quer posso nomear 3 a não ser o peso do corpo balançando suspenso por uma corda...