CADERNO DE FICÇÕES

Há quanto tempo me sinto abandonado perdido em meio à linhas um intruso no ninho do imaginário no mundo fantástico dessas criaturas. Seu habitat não pode ser estudado nos caminhos mais obscuros eles moram Podem penetrar, ligar, destruir pessoas eles são indomáveis Nos medos mais profundos nos mais distantes mundos. Cria e recria lembranças até as que jamais vieram a acontecer É importante Ninguém os entende Não sabemos onde nascem e nem se sequer onde morrem Estranho é o conceito dos sonhos, mas somente quem os têm deixam legado.

Colefetividade Nossos claques alinhado com nossa falta de classe Nossos movimentos em meio à vozes listando nossas orfandades Nossas afinidades que vira a cada esquina da cidade Nossos olhares se buscam e se perdem mas se acham no toque A bagunça do quarto reflete nosso amor nos versos a mesma situação letras confusas que bifurcam a um só caminho: o coletivo!

Toca-Fitas Tudo é sempre tão igual, nossa caminhada não dura para alguns para outros, dura até de mais Perdi tempo sendo otário sendo um mau filho sendo um toca fitas reproduzo o que sugerem e quem aproveita são os ouvintes Nossa caminhada não tem sentido somos pontos, fases em um espaço infinto só trazemos influências para aqueles que nos cercam. Mas aprendi nessa caminhada tempo é o verdadeiro ouro e buscar o sentido nos impede de morrer!