CADERNO DE FICÇÕES

Silenciador Desarmado Não quero mais amar amar não quero mais uma velha amiga me ensinou que amar não é sofrer meus joelhos se dobraram minhas retinas fadigaram meu corpo desabou se isso foi amor... confesso que não lembro.

Colecionador de Derrotas Sinto-me triste Por todos os motivos como a chuva de verão o susto de barulhos ou o trilho na terra da vida Sinto-me triste não é ruim faz a felicidade maior faz tudo ficar grande transforma fadas em dragões em ouvidos podados à batalhas fracassadas, vitoriosas Sinto-me triste simplesmente triste.

7 e Além Neblina, gente, brisa, tudo gélido Manhã cedo, grande medo do desconhecido Ponte ligando o infinito ao prazeroso, trás companhia, amizade de infância. Luzes piscam, animação vibra, provei da diversão cristalina Evitei preocupações caseiras e saí do 7º andar. Embarquei, depois da aventura, o marasmo clima do meu recinto sem graça, queria voltar para lá. Pego o elevador para alcançar meu desejo, mas percebo que o prédio só tem 4 andares.

P.C.V. III - Geração Y Afinal, se temes a própria mente  não estará pronto para ver a grandeza do mundo mas eles estão, torcendo e esperando a sua queda vitoria azeda, duro como seda, valor de moeda a mente que te fere te faz fera, célere, não exagere somos tamaremberes, pares, lado a lado O autojulgamento não te deixa mais fraco pelo contrário, tudo anti-horário será que a superioridade é realmente necessário? mas esse é o momento, serve de alimento,  rendimento. Quem te faz é o documento, Se não aceita, questão de tempo. Quem disse que taria aqui para sempre está? aqueles planos se perderam em meio ao pó As velhas ancoras eu chutei pra lá mas mesmo assim ainda sinto dó. Tenho vergonha dessa nova geração, a babilônia que fez essa criação a depressão anda sucedendo o não, né?  mas se vier peitar, vai se manter em pé, é? Hobby não vira trabalho, realidade cresça sem buscar atalho, e engole o choro quando ouvir a verdade!

Samurai Também Cai É curto meu tempo, pai. Não houve nada em mim que não curaste nada poderia me machucar em teus braços. Parece que estendeu teu horário de trabalho, não fez a segurança só na rua, mas sim na moradia. Em meu ser esteve abrigado, obrigado. A ficar, a viajar, obrigado a oferecer obrigado a dar, e obrigado a vencer Não precisa de capa, distintivo ou coroa  pois vivo com você no teu reino Mas sei que um dia você há de mudar de reino para um que eu não posso visitar Mas quando se trata de você juntos estaremos não apenas pelo sangue, nós, voz Como Oz, deu mais fantasia na vida. Senti culpa todas as vezes que não olhei nos teus olhos, que não te ouvi pediu, pediu e pediu de novo... sem nenhuma resposta. Ficaste bravo, braveza amorosa e depois da terceira vez eu aprendi, aprendi com o melhor. Tempo esgotado, meu pai!

Fim. Não esqueci seu cheiro, seu beijo e toque. Olhos são puros demais para mentir, o meu ainda passa a gente juntos, mas não vejo nada nos seus. O verbo foi pro passado, o pronome agora é singular e a importância é comprimida. Pois também tenho escudo, espada e inúmera outras metáforas guardadas, em uma floresta com textos plantados por aí. Antes você era luz, hoje, apenas silhueta Sem vela acessa, você reina até o fim das reticências ...

Apenas Mais Uma Vítima Não queria ter saído aquele dia, podia ter ficado para o café podia ter pego qualquer carona, mas a roupa não me ajuda a decifrar. Triste ter que esperar pra ir embora pois os perversos evitam o sol, mas ele também não sabe quem vai ou não te machucar. Não tem lugar e não tem hora as paredes do seu quarto isolam a claridade, abafam seus gritos e te trancam com o diabo. Queria manter a segurança de infância mas a perdi em meio à desonestidade maldade, julgamento e crueldade.

Embaça a Vista O vidro está embaçado Não consigo ver o mundo Luzes da cidade são borrões e montanhas são blecautes A escuridão me sufoca Não invento meu próprio mundo pois sei que perderia meu destino que parece nos evitar e se afastar De engrenagens sobraram dentes que se escondem atrás de lábios, que não se beijam pra não se gastarem Do barro sobraram corpos que não abraçam para não se desmontarem e mãos que não cumprimentam para não serem quebradas. Queria poder estar errado.

P.C.V. II - Labuta [Mokss] Se já lutou na sua vida, com cabeça desprovida de experiência vivida, não vai ser absolvida perderá todas as vezes, se o pensamento não conteve Mas vai e vem como o de bebês siameses ou talvez de camponeses, sem ter nenhum poder Pode fazer revolução, caneta tá na mão cabeça mandando no coração = linhas sem emoção Quem manda na luta interna é a ponderação mas não esqueça da lição: manter concentração! [Anthony.M] Aqui mesmo esse o lugar onde tomo café logo cedo Acordando com antigos receios  Não sei mais se creio se um dia serei feliz Sem ser nos meus devaneios E é lá onde me encontro Perdidos em diversos encontros entre a realidade e a fantasia Agora... parando pra acordar Meu verso é anestesia  pra quando penso em me matar eis que dirão, que isso é só depressão  mas se você assistir clube da luta Verá que nossa guerra é interna e lidando com essa lesão Também saberá que a nossa vid...

Cheio de Vida seu cheiro puxa o gatilho me mata aos poucos sem tiro e sem pólvora apenas com memórias não só de coisas vividas mas de todas as expectativas toda hora era hora, sem leis hoje faz hora que a hora não passa seu cheiro sempre me faz viajar para aquele lugar e momento onde fizemos tudo parar o mundo tempo tudo hoje acaba aquele mundo aquele tempo e o meu tudo

2 Linhas de Raciocínio Deixaria meus planos pela morte mas se não quisesse, que opção teria? Tens liberdade de escolha, como há anos atrás então veja bem como vai fazer proveito Escale até o topo ou se deixe enterrar pelas falácias, falcatruas ou fraudes Para revolucionar, basta transformar em ação uns derrubaram bastilhas, outros prédios Reflexo de versos precários em extremos crença não mede as atitudes Pois Einstein lutou pelo futuro de todos enquanto Hitler lutou pela melhor espécie A mudança ocorre a cada segundo te fazendo tão presente quanto um vulto.

Trem III (Final) Nosso trem não é mais o meu lar Agora as viagens só trazem dor Meu amor continua tão grande quanto o mar O que mantem viva a nossa flor Nossa história acabou de forma trágica Estive pensado nos motivos Comprimidos nos separaram como mágica Te prendi à mim com mil objetivos Você, com toda sua bondade, deixou pra lá Não queria frustrar minha realidade Com assuntos que poderiam te salvar Esse trem já partiu e não soube me despedir Tava bom pra mim, mas suas vontades eu esqueci Vou pagar até o fim pela sua depressão Conviver comigo é merecedor e servirá de punição.